Edição 2025 do Mob Talks Joinville marca região pelo engajamento e foco no aumento da competitividade

Categoria: Linha IV

Na última quinta-feira (20/03), a região de Joinville sediou o primeiro Mob Talks de 2025. Mais de 100 participantes se reuniram na Escola SESI de Referência Joinville para acompanhar palestras, painéis e uma vitrine tecnológica. O evento foi realizado pela Fundação de Apoio da UFMG (Fundep), por meio da Linha IV – Ferramentarias Brasileiras Mais Competitivas, do Mover (Mobilidade Verde e Inovação). O encontro também teve o apoio institucional do SESI – SC, que cedeu o espaço físico para a realização do evento na Escola SESI.

O tema da edição, “Construindo o Futuro do Setor Ferramental”, suscitou discussões que trouxeram à tona a importância de somar esforços para uma atuação estratégica em rede para que as ferramentarias, fornecedores, sistemistas e montadoras possam tornar o setor mais competitivo, especialmente frente aos players internacionais.

Luiz Brant é líder técnico da Fundep e esteve presente no Mob Talks Joinville. Ele cita a integração de atores envolvidos no universo das ferramentarias automotivas como um dos destaques do evento. “O encontro reuniu representantes de montadoras, associações e entidades de classe do setor, fornecedores de soluções, instituições de ensino e agentes do governo. Apresentamos os resultados alcançados até o momento e as perspectivas para o futuro da plataforma Conecta Mais. Além disso, os participantes tiveram acesso a informações que apoiarão na construção de estratégias de crescimento para os próximos anos.

PERSPECTIVAS DE FUTURO

Após a abertura do evento, o diretor de Manufatura e Materiais da AEA e representante do Conselho Gestor do Programa Mover, Carlos Sakuramoto, abordou as oportunidades que surgem a partir dos desafios enfrentados pelas ferramentarias. Sakuramoto reforçou que a concorrência com outros países, especialmente da Asia, é inevitável, mas é preciso pensar como isso pode impulsionar a melhoria de processos, fator decisivo para diminuição de custos e prazo de produção.

Esse foi um ponto reforçado no painel “Perspectivas para o setor em 2025”, que contou com a presença de Sakuramoto e do gerente de Regulatory Compliance da Stellantis, Leonardo Amaral. Os especialistas entendem que 2025 é uma oportunidade de avançar em competitividade, especialmente por meio da gestão de pontos críticos já dominados pelo mercado asiático, que compensa distâncias com maior eficiência e ciclos produtivos mais ágeis.

INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADE

Durante o debate sobre fontes de fomento e a relevância da inovação aberta, os participantes tiveram a oportunidade de ampliar sua compreensão sobre diversas origens de recursos que viabilizam o desenvolvimento de novos projetos, como fontes de fomento e financiamento. A partir de uma compreensão mais ampla sobre a atuação do ecossistema de inovação, foi possível saber mais estruturas robustas que dão suporte ao desenvolvimento industrial, especialmente a partir do interesse do governo e da criação de políticas públicas, como o Mover.

As ferramentarias demonstraram grande interesse em iniciativas que promovam inovação e competitividade e a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Inovação de Santa Catarina destacou seu papel na condução de ações voltadas para o desenvolvimento do setor em Santa Catarina.

Participaram da discussão o gerente Regional Sul da Finep, Bruno Camargo, o Head of Additive Manufacturing do SENAI ISI, Marcelo Veiga, e o representante da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Inovação de Santa Catarina, Murilo Mafra, sob mediação do gerente de Operações SESI/SENAI Regional Norte-Nordeste, Daniel de Aviz.

ATUAÇÃO COLETIVA

A importância da colaboração foi um ponto abordado em todas as discussões, especialmente no painel sobre os temas associativismo e clusterização. A atuação integrada e a formação de redes revelam um grande potencial para impulsionar o avanço do setor, seja por meio de negociações e compras coletivas, especialização de ferramentarias para determinada etapa produtiva, prestação de serviços em conjunto, fomento da inovação, entre outros.

Ainda, foi discutido como a ocupação de espaços estratégicos no ecossistema de inovação como o Ágora Park em Joinville permite a conexão entre esses diferentes atores por um interesse comum: a colaboração no ecossistema de inovação como alavanca para o aumento da competitividade do setor.

O painel foi mediado pelo coordenador de programas da Fundep, Arthur Silva e contou com a participação do presidente da ABINFER, Christian Dihlmann, a conselheira Técnica de Inovação da Inowalbert ICT, Edna Schmitt, e o professor da UFSC, Modesto Ferrer.

EXEMPLO DE SUCESSO

Por meio de uma palestra do agente de relacionamento do Conecta Mais, Stephan Dihlmann, os participantes tiveram contato com os desafios e resultados do Conecta Mais na região. Ao final do evento, ele reforçou a relevância do momento para a região, que concentra muitas empresas do setor. “A mobilização promovida por meio do Mob Talks é muito relevante para manter a aproximação com nossa base de ferramentarias e compartilhar os próximos passos dessa parceria. O evento abordou, com alguma frequência, a importância do esforço coletivo. Esse espaço de networking reforça o nosso objetivo de promover convergência em busca de objetivos comuns”, conclui.

Isabella Barroso, agente técnico da Fundep, abordou, com o apoio do coordenador da Educação Profissional do SENAI, Felippe de Souza, a importância da capacitação para o setor e as oportunidades disponibilizadas pelo Conecta Mais.

Para tornar a atuação do Mover mais palpável, a equipe da Fundep organizou uma Vitrine Tecnológica sobre digitalização e virtualização da fábrica. Na oportunidade, o diretor da ferramentaria Meccatus Industrial e o fornecedor de soluções Edilson Krauss, executivo de Contas da PLMX, puderam compartilhar a experiência de acompanhamento do Conecta Mais na modernização e aprimoramento dos processos industriais.

Sobre a Linha IV – Ferramentarias Brasileiras Mais Competitivas

A Linha IV – Ferramentarias Brasileiras Mais Competitivas tem como propósito superar os desafios enfrentados por ferramentarias com baixa produtividade e defasagem tecnológica. O foco é capacitar a cadeia de ferramentais de produtos automotivos, visando alcançar competitividade em nível global.

Alinhada ao compromisso de neoindustrialização, centrada na inovação, a frente de atuação concentra suas iniciativas na otimização de prazo, custo e qualidade ao longo das diferentes fases do ciclo de vida de produção de ferramentais.

Dessa forma, busca-se capacitar as ferramentarias brasileiras não apenas para atender à demanda nacional na fabricação de veículos, mas também para conquistar uma posição destacada no mercado global.
Liderada pela Fundep, a Linha IV tem coordenação técnica do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

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