No dia 23/04 (quarta-feira), a Fundação de Apoio da UFMG (Fundep), lançou uma Chamada Pública de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) com foco na Linha VI – Conectividade Veicular, coordenada pela instituição por meio do programa Mover. A expectativa é aportar até R$ 30 milhões em projetos que possam promover soluções em mobilidade integrada, manutenção preditiva de veículos, descarbonização e segurança de dados, que são desafios de grande impacto para o setor automotivo.
Cerca de 110 pessoas acompanharam a live de lançamento da Chamada Pública, transmitida na quarta-feira (23/04) pelo canal do Mover no YouTube. Durante o evento, o coordenador de Programas da Fundep, Arthur da Silva, apresentou os principais pontos da chamada. Ao lado dos professores da UFMG Marcelo Costa e Frederico Guimarães, que também atuam como coordenadores técnicos da Linha VI, ele respondeu às dúvidas do público.
Confira o vídeo na íntegra:
FOMENTO À PESQUISA
A Chamada Pública de PD&I prevê investimento de até R$ 30 milhões em projetos colaborativos, sendo que cada iniciativa deve receber entre R$ 500 mil e R$ 3 milhões. Os projetos deverão ser executados entre 18 e 36 meses, de acordo com a complexidade da proposta. Vale lembrar que as contrapartidas financeiras e/ou econômicas devem somar 20% do valor total aportado pelo Mover. Propostas podem ser submetidas até 24/06.
A partir do arranjo mínimo de uma Instituição de Ciência e Tecnologia (ICT) e duas montadoras de grupos econômicos diferentes, os projetos estarão expostos a ambientes colaborativos e diversos. Vale lembrar que, para a formação de alianças, é encorajada a participação de parceiros sistemistas, outras empresas, e até mesmo startups.
O coordenador de Programas da Fundep, Arthur da Silva, reforça que os temas selecionados para a chamada são de alto interesse para o setor automotivo e a sociedade. “A Linha VI e suas grandes áreas conversam bastante com tecnologias que permanecerão em alta por muitos anos, como a IA e Big Data. Há muito espaço para o desenvolvimento tecnológico e implementação de projetos de alto TRL e nossa expectativa é aumentar a competitividade do setor no país por meio da aproximação entre ICTs e empresas”, comenta.
DIVISÃO POR ÁREAS TEMÁTICAS
Os projetos serão admitidos para quatro áreas temáticas, conforme a própria segmentação da Linha VI. Cada iniciativa pode contemplar, transversalmente, os temas de todas as áreas definidas em edital. Porém, deve ser indicada, de forma clara, qual é a área foco da proposta.
Com essa divisão, a expectativa é que a chamada perpasse desafios relevantes tanto para a sociedade quanto para o setor automotivo. Conheça as áreas temáticas:
ÁREA 1 – Conectividade: meio ambiente e descarbonização
Busca projetos que usem sensores de veículos e dispositivos móveis para monitorar o ambiente e desenvolver soluções sustentáveis voltadas à redução de impactos ambientais e à descarbonização na mobilidade veicular.

Como exemplo dessa área, já temos sistemas operantes, como Waze ou Google Maps, que traçam rotas para minimizar os efeitos da emissão de CO2. Também é interessante citar o mapeamento da utilização da condução, ou seja, programas e soluções que possam incentivar a condução ecologicamente correta, até mesmo promovendo uma possível gamificação. Outro bom exemplo é o uso de sensores automotivos para mapear índices de qualidade do meio ambiente e para detecção e prevenção de queimadas.
ÁREA 2 – Conectividade do veículo com o ambiente externo
Foca em projetos que explorem a comunicação dos veículos com seu entorno (V2V, V2P, V2X), visando criar experiências personalizadas, novos serviços e modelos de negócio, além de contribuir para cidades mais inteligentes e sistemas de transporte mais eficientes.

Em editais e projetos que estão vigentes, já temos exemplos desse eixo, como tecnologias de detecção de travessia de ciclistas e pedestres, mas existem inúmeras outras frentes para serem exploradas. Podemos destacar, além do exemplo anteriormente citado, o desenvolvimento de protocolos padronizados de conectividade, o uso desses dados para a formulação dos semáforos inteligentes, sensoriamento veicular para planejamento e gestão de vias públicas, uso de visão computacional aplicada à segurança pública, sistemas inteligentes de detecção de agressividade de condução, ou seja, são muitas possibilidades.
ÁREA 3 – Tecnologia da privacidade e segurança de dados
Procura soluções inovadoras e replicáveis que assegurem a segurança e privacidade de dados no contexto de veículos conectados, enfrentando desafios relacionados a autenticação, controle de acesso, detecção de fraudes e ataques cibernéticos.

A Conectividade Veicular cria oportunidades de novos serviços e aplicações, mas também vem acompanhada de desafios, e essa área temática lida com parte deles. Podemos citar, como exemplo de projetos que se enquadram nessa temática, o desenvolvimento de soluções inteligentes para proteção de sistemas veiculares, sistemas de proteção de dados pessoais em aplicações e serviços implementados no contexto veicular, como os e-commerces, sistemas de recomendação e de navegação.
ÁREA 4 – Serviços, diagnóstico e manutenção preditiva de veículos
Visa projetos que utilizem tecnologias de análise de dados e inteligência artificial para implementar manutenção preditiva, permitindo diagnósticos precisos, maior disponibilidade dos veículos e redução de custos operacionais.

Podemos citar como exemplos de projetos: o uso de dados de sensoriamento veicular para o planejamento da manutenção preditiva; projetos que envolvam o desenvolvimento de soft sensors para a estimativa de vida útil de baterias; uso de dados de veículos elétricos e de inteligência artificial para a previsão do tempo de vida útil de baterias e de outros componentes do veículo; uso de conectividade veicular em veículos elétricos e híbridos para planejamento de uso de infraestrutura de recarga; entre outros.
PRÓXIMOS PASSOS
A submissão de propostas ocorrerá em duas etapas. Na primeira, deve ser enviada uma pré-proposta, avaliada de acordo com a aderência aos objetivos da chamada. As propostas aprovadas seguirão para a segunda etapa, que consiste na submissão da proposta final, incluindo o detalhamento do escopo, cronograma, plano de atividades e orçamento.
A data limite para a submissão de pré-propostas é 24/06/2025, às 17h. A expectativa é que o resultado da primeira fase seja divulgado no mês seguinte, no dia 24/07/2025. A segunda fase tem início com a Vitrine Tecnológica, um momento dedicado à apresentação dos projetos para os públicos interessados. A atividade está prevista para meados de agosto.
SOBRE A LINHA VI
A Linha VI – Conectividade Veicular é um Programa Prioritário do Mover (Mobilidade Verde e Inovação), que busca fomentar Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), novos modelos de negócios e a formação de pessoas para superar os desafios de mobilidade integrada, descarbonização e segurança de dados.
O objetivo é gerar conexões transformadoras capazes de desenvolver e oferecer soluções impactantes em infraestrutura de conectividade, conectividade no interior do veículo e segurança e privacidade de dados, contribuindo para o desenvolvimento industrial e tecnológico do setor automotivo brasileiro e da sua cadeia de produção. A atuação da frente tem foco no futuro de uma mobilidade cada vez mais conectada.
Visa estimular o desenvolvimento de tecnologias e de competências capazes de contribuir com a descarbonização, a conexão com o ambiente externo, a privacidade e segurança de dados e com diagnóstico e manutenção preditiva de veículos.
Após a consultoria, a empresa conseguiu triplicar o faturamento. O impacto positivo foi visível nos números e no reconhecimento da Kishima como referência na produção de ferramentas para a indústria automotiva.
Os resultados também foram sentidos na cultura organizacional da Kishima, já que a colaboração e o compromisso da equipe foram fundamentais para a implementação das novas práticas.
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