Linha IV: Confira o resultado final da Chamada Pública de PD&I 01/2022 – Encomendas Tecnológicas

Categoria: Linha IV

A Fundep divulgou, nesta sexta-feira (23/12), o resultado final da 2ª Etapa da Chamada Pública de PD&I 01/2022 da Linha IV do programa Rota 2030 – Ferramentarias Brasileiras Mais Competitivas. Serão aportados R$ 8,4 milhões em projetos de Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), em parceria com ferramentarias e empresas de todo o Brasil, capazes de atender encomendas tecnológicas para estudar a viabilidade da produção de ferramental para a fabricação de peças plásticas e elastoméricas.

Foram aprovadas três (03) propostas, atendendo todas as encomendas tecnológica da chamada. Ao todo, participam dos projetos 17 ICT’s e 36 empresas da cadeia automotiva, como ferramentarias, montadoras e startups, entre outras. As contrapartidas dos parceiros envolvidos nas propostas somam mais de R$ 6,3 milhões.

Os projetos vão desenvolver demonstradores para avaliar a viabilidade de nacionalizar a produção de ferramental para fabricação de peças plásticas e elastoméricas que ainda não têm produção nacional relevante. Atualmente, o Brasil conta com aproximadamente 95% de importação desse tipo de ferramental. O objetivo é impulsionar a competitividade e gerar novas oportunidades de mercado para a indústria brasileira.

As encomendas foram mapeadas em parceria com o programa Made in Brasil Integrado (MiBI), uma rede colaborativa para aumento da produtividade e da competitividade do setor automotivo brasileiro instituída pelo Ministério da Economia.

Confira abaixo o resultado:

Conheça os projetos aprovados

ETEC 1: Projetos de demonstrador de moldes para vulcanização de pneus

Projeto: Tire-tooling Benchmark

Proponente: UFABC

Coordenador Geral: Erik Gustavo Del Conte

ICT’s associadas: Instituto Senai ISI-MANF; Instituto Senai ISI-MANC; Instituto Senai IST-Metalmecânica; e Instituto Senai IST-Metalurgia.

Empresas: Prometeon; Volkswagen do Brasil; AGCO; Abinfer; Gaspec; Polimold; Lopes Metal Mecânica; Ysmec Manutenção de Máquinas; Vedamotors; CS CAD CAM Serviços de Software; Fundição São Francisco; Jandinox; Empresas Icon; e Fac Tools.

Aporte Fundep: R$ 1.999.950,04

Contrapartida: R$ 1.486.000,00

ETEC 2: Projetos de demonstrador de moldes para tanques rotomoldados

Projeto: Melhorias no projeto, fabricação e montagem de moldes de tanques rotomoldados

Proponente: CEFET-MG

Coordenador Geral: Yukio Shigaki

ICT’s associadas: Universidade de Caxias do Sul; e Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Empresas: Agrale; Xalingo; Massochini; VOA; Dirk Henning; Modelação Feuser; AGCO; Abinfer; e Icon Equipamentos e Moldes.

Aporte Fundep: R$ 1.752.633,05

Contrapartida: R$ 488.999,60

ETEC 3: Projetos de demonstrador de moldes para injeção de peças plásticas de baixo volume

Projeto: DEMIBAV – Demonstrador de moldes para injeção de peças plásticas de baixo volume

Proponente: ITA

Coordenador Geral: André da Silva Antunes

ICT’s associadas: Senai Cimatec; UFSC; UCS; UFBA; UEPG; UFTPR Londrina; UFTPR Ponta Grossa; e ISI Joinville.

Empresas: I-Sensi; Fast Parts; Hover; GM; Renault; Polimold; 3DCriar; Materializa Tecnologia; New Tech; Poloni; Vedamotors; LUME; Biplas; S Moldes; Farcco; Inova Sistemas Eletrônicos; Marcopolo; Cobo; Jaguar Land Rover; e AGCO.

Aporte Fundep: R$ 4.654.357,32

Contrapartida: R$ 4.384.703,88

Chamada Pública de PD&I – Encomendas Tecnológicas

Impulsionar a competitividade e gerar novas oportunidades de mercado para a indústria ferramental brasileira. Este é o objetivo da nova Chamada Pública de PD&I da Linha IV do programa Rota 2030 – Ferramentarias Brasileiras Mais Competitivas. As propostas devem ser desenvolvidas por Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), em parceria com ferramentarias e empresas de todo o Brasil.

As encomendas tecnológicas atendem demandas específicas do setor automotivo, entre elas a produção de moldes para pneus de baixa e alta complexidade  e a fabricação de peças rotomoldadas para o setor de máquinas agrícolas.

Conheça as encomendas:

A fabricação de moldes para pneus envolve tecnologias, equipamentos e custos que, devido ao volume e grau de complexidade, não foram bem absorvidos pela cadeia de ferramentarias brasileiras. A montagem de uma célula de fundição e o custo de aquisição dos equipamentos para fundição e usinagem de aço e alumínio torna ainda impeditiva a adoção por uma única empresa. Além disso, somam-se as necessidades de planejamento, projeto, montagem e tryout das ferramentas. Nessas condições, o ICT proponente será o responsável pela busca de parcerias, aquisição e introdução da nova tecnologia.

A interface com tecnologias e processos atuais demanda estudo e criação de uma metodologia para disseminação do conhecimento e viabilidade entre as empresas brasileiras. A proposta deverá conter descrição da metodologia e resultados esperados para, e somente para, as etapas definidas nas frentes de trabalho, que serão detalhadas a seguir.

Após todas as considerações feitas anteriormente, deseja-se, através deste projeto demonstrador para moldes de pneus, responder às seguintes perguntas:

  • Como adaptar as tecnologias existentes dos processos de fundição de aço e alumínio existentes para aperfeiçoar a produção de moldes para pneus?
  • Como reduzir os tempos de usinagem, erosão e retrabalhos após fundição do molde?
  • Como gerar uma estrutura acessível para que as empresas possam desenvolver novos projetos e produtos com a nova tecnologia?
  • Como integrar a nova tecnologia com as tecnologias atuais?
  • Como desenhar métodos que integrem os processos?
  • Como otimizar e redesenhar todo o processo produtivo afim de tornar competitiva a produção de moldes para vulcanização de pneus em território Nacional?

Esta Encomenda Tecnológica visa à consolidação, harmonização e difusão dos atuais conhecimentos, competências e boas práticas já existentes em toda cadeia, conforme praticados internacionalmente, buscando nacionalização de tecnologias de produção de moldes para rotomoldagem e difusão de conhecimentos para a cadeia de ferramental. Espera-se criar um aumento de competitividade tanto das ferramentarias brasileiras, pelo atendimento ao mercado de produção de rotomoldados, quanto do mercado de produção de componentes para máquinas agrícolas, gerando redução de custos, redução de tempos produtivos e de setup, manutenção de qualidade etc.

Ao final do projeto, as novas soluções desenvolvidas deverão ser difundidas, juntamente com as informações pré-existentes coletadas em prospecção de mercado, para auxílio ao setor ferramenteiro para atendimento ao agronegócio como um todo.

Esta Encomenda Tecnológica visa à consolidação, harmonização e difusão dos atuais conhecimentos, competências e boas práticas já existentes em toda cadeia, conforme praticados internacionalmente, buscando nacionalização de tecnologias de produção de moldes para rotomoldagem e difusão de conhecimentos para a cadeia de ferramental. Espera-se criar um aumento de competitividade tanto das ferramentarias brasileiras, pelo atendimento ao mercado de produção de rotomoldados, quanto do mercado de produção de componentes para máquinas agrícolas, gerando redução de custos, redução de tempos produtivos e de setup, manutenção de qualidade etc.

Ao final do projeto, as novas soluções desenvolvidas deverão ser difundidas, juntamente com as informações pré-existentes coletadas em prospecção de mercado, para auxílio ao setor ferramenteiro para atendimento ao agronegócio como um todo.

Sobre a Linha de Ferramentaria do Rota 2030

O setor ferramenteiro é um dos grandes destaques do programa Rota 2030. Coordenada pela Fundação de Apoio da UFMG (Fundep), com coordenação técnica do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), a Linha IV  – Ferramentarias Brasileiras mais Competitivas tem o objetivo é solucionar as dificuldades de ferramentarias com baixa produtividade e defasagem tecnológica, capacitando a cadeia de ferramental de produtos automotivos para atingir competitividade em nível mundial.

A partir da aliança entre os principais atores que representam o conhecimento do setor (ferramentarias, montadoras, Instituições de Ciência e Tecnologia – ICTs, startups e entidades representativas), serão habilitadas as competências necessárias para capacitar a cadeia ferramental brasileira.

A proposta é oferecer soluções capazes de integrar a cadeia tecnológica de ferramental, por meio do aumento da produtividade e da competitividade. A Linha IV vem atuando em diversos eixos para alcançar os resultados esperados e promover a transformação necessária, tendo como indicadores a elevação do nível de qualidade e de confiabilidade dos produtos e o aumento do grau de prontidão e de maturidade tecnológica e organizacional, caracterizados pela percepção dos requisitos e restrições impostos pelo avanço da indústria 4.0.

Compartilhe: