Fundep irá investir até R$ 6 milhões em projetos de PD&I capazes de avaliar a viabilidade da produção ferramental de peças plásticas e elastoméricas

Categoria: Linha IV

Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) em parceria com ferramentarias, empresas e startups, podem submeter pré-proposta até o dia 30 de setembro. Projetos buscam nacionalizar a produção de ferramental para fabricação de peças plásticas e elastoméricas.

Impulsionar a competitividade e gerar novas oportunidades de mercado para a indústria ferramental brasileira. Este é o objetivo da nova Chamada Pública de PD&I da Linha IV do programa Rota 2030 – Ferramentarias Brasileiras Mais Competitivas, lançada nesta terça-feira (30/08) pela Fundep – Fundação de Apoio da UFMG. Serão investidos até R$ 6 milhões em projetos de Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), em parceria com ferramentarias e empresas de todo o Brasil, capazes de atender encomendas tecnológicas para estudar a viabilidade da produção de ferramental para a fabricação de peças plásticas e elastoméricas (borracha).

As encomendas foram mapeadas em parceria com o programa Made in Brasil Integrado (MiBI), uma rede colaborativa para aumento da produtividade e da competitividade do setor automotivo brasileiro instituída pelo Ministério da Economia. Os projetos vão estudar a viabilidade de nacionalizar a produção de ferramental para fabricação de peças plásticas e elastoméricas que ainda não têm produção nacional relevante. Atualmente, o Brasil conta com aproximadamente 95% de importação desse tipo de ferramental.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais (Abinfer), Christian Dihlmann, que coordena o Grupo de Trabalho de componentes de Plásticos do MiBI, explica que encomendas atendem uma demanda específica. “O Brasil não pode ficar de fora deste mercado. Que as ICTs e as empresas possam contribuir de maneira bastante significativa para que o nosso setor seja mais competitivo e produtivo, trazendo componentes a custos viáveis e capazes de ser absorvidos no segmento produtivo nacional. E que isso promova o Brasil em um patamar mais elevado, tanto no fornecimento de ferramentais, quanto de componentes, sejam eles rotomoldados, vulcanizados em borracha ou em processo de injetáveis”, destaca.

Projetos de Demonstradores

A gerente de apoio aos negócios da Unidade Materiais Avançados do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), Ana Paola Villalva Braga, que atua na Coordenação Técnica da Linha IV do Rota 2030, explica que a chamada traz demandas delimitadas, de projetos de pesquisas, para desenvolvimento em conjunto entre ICTs e empresas. “O projeto de demonstrador vai reproduzir o passo-a-passo de fabricação de um molde. Durante as etapas irá incorporar tecnologias de ponta e práticas comuns do setor. O objetivo é que seja possível aprender durante todo o processo e medir os gargalos, os custos e onde se agrega valor a um molde ou peça produzida por este molde”.

As encomendas tecnológicas atendem demandas específicas do setor automotivo, entre elas a produção de moldes para pneus de baixa e alta complexidade  e a fabricação de peças rotomoldadas para o setor de máquinas agrícolas.

Conheça as encomendas:

Projetos até R$ 2 milhões.

A fabricação de moldes para pneus envolve tecnologias, equipamentos e custos que, devido ao volume e grau de complexidade, não foram bem absorvidos pela cadeia de ferramentarias brasileiras. A montagem de uma célula de fundição e o custo de aquisição dos equipamentos para fundição e usinagem de aço e alumínio torna ainda impeditiva a adoção por uma única empresa. Além disso, somam-se as necessidades de planejamento, projeto, montagem e tryout das ferramentas. Nessas condições, o ICT proponente será o responsável pela busca de parcerias, aquisição e introdução da nova tecnologia.

A interface com tecnologias e processos atuais demanda estudo e criação de uma metodologia para disseminação do conhecimento e viabilidade entre as empresas brasileiras. A proposta deverá conter descrição da metodologia e resultados esperados para, e somente para, as etapas definidas nas frentes de trabalho, que serão detalhadas a seguir.

Após todas as considerações feitas anteriormente, deseja-se, através deste projeto demonstrador para moldes de pneus, responder às seguintes perguntas:

  • Como adaptar as tecnologias existentes dos processos de fundição de aço e alumínio existentes para aperfeiçoar a produção de moldes para pneus?
  • Como reduzir os tempos de usinagem, erosão e retrabalhos após fundição do molde?
  • Como gerar uma estrutura acessível para que as empresas possam desenvolver novos projetos e produtos com a nova tecnologia?
  • Como integrar a nova tecnologia com as tecnologias atuais?
  • Como desenhar métodos que integrem os processos?
  • Como otimizar e redesenhar todo o processo produtivo afim de tornar competitiva a produção de moldes para vulcanização de pneus em território Nacional?

Projetos até R$ 2 milhões.

Esta Encomenda Tecnológica visa à consolidação, harmonização e difusão dos atuais conhecimentos, competências e boas práticas já existentes em toda cadeia, conforme praticados internacionalmente, buscando nacionalização de tecnologias de produção de moldes para rotomoldagem e difusão de conhecimentos para a cadeia de ferramental. Espera-se criar um aumento de competitividade tanto das ferramentarias brasileiras, pelo atendimento ao mercado de produção de rotomoldados, quanto do mercado de produção de componentes para máquinas agrícolas, gerando redução de custos, redução de tempos produtivos e de setup, manutenção de qualidade etc.

Ao final do projeto, as novas soluções desenvolvidas deverão ser difundidas, juntamente com as informações pré-existentes coletadas em prospecção de mercado, para auxílio ao setor ferramenteiro para atendimento ao agronegócio como um todo.

Projetos até R$ 2 milhões.

Esta Encomenda Tecnológica visa à consolidação, harmonização e difusão dos atuais conhecimentos, competências e boas práticas já existentes em toda cadeia, conforme praticados internacionalmente, buscando nacionalização de tecnologias de produção de moldes para rotomoldagem e difusão de conhecimentos para a cadeia de ferramental. Espera-se criar um aumento de competitividade tanto das ferramentarias brasileiras, pelo atendimento ao mercado de produção de rotomoldados, quanto do mercado de produção de componentes para máquinas agrícolas, gerando redução de custos, redução de tempos produtivos e de setup, manutenção de qualidade etc.

Ao final do projeto, as novas soluções desenvolvidas deverão ser difundidas, juntamente com as informações pré-existentes coletadas em prospecção de mercado, para auxílio ao setor ferramenteiro para atendimento ao agronegócio como um todo.

Submissão de propostas

A submissão de propostas da Chamada Pública de PD&I 01.2022 está organizada em duas etapas. Até o dia 30 de setembro, o proponente submete uma pré-proposta que será avaliada pelo Conselho Técnico da Linha IV. A pré-proposta será utilizada para identificar aderência do projeto aos objetivos da chamada. Os projetos são submetidos por ICTs e precisam ter, no mínimo, a participação de duas montadoras (OEM ou associação), três fabricantes de ferramental para o setor automotivo (moldes ou matrizes) e um usuário de moldes para produção de componentes.

De acordo com a gerente de programas da Fundep, Ana Eliza Braga, a Fundação irá auxiliar na conexão entre atores do setor automotivo para o desenvolvimento das melhores soluções tecnológicas. “Temos uma atuação ativa para facilitar a conexão entre ICTs e Empresas. Nesta chamada, com encomendas que possuem escopos muito bem definidos, a gente entende que a Fundep  juntamente com o IPT  irão trabalhar ativamente para viabilizar as parcerias necessárias para a submissão de projetos”, destaca.

As ICTs e empresas interessadas em participar do desenvolvimento das soluções tecnológicas podem acionar a Fundep por meio do e-mail conexoesrota@fundep.com.br ou preenchendo o formulário disponível neste link (clique aqui).

Aporte de recursos

O aporte financeiro total da Fundep será de até R$ 6 milhões na Chamada Pública 01/2022, com recurso da Linha IV do Rota 2030. Cada proposta poderá receber até R$ 2 milhões.

A contrapartida dos parceiros poderá ser financeira e/ou econômica e deve representar, no mínimo, 20% do recurso total aportado pela Fundep.

CRONOGRAMA DA CHAMADA

Sobre a Linha de Ferramentaria do Rota 2030

O setor ferramenteiro é um dos grandes destaques do programa Rota 2030. Coordenada pela Fundação de Apoio da UFMG (Fundep), com coordenação técnica do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), a Linha IV  – Ferramentarias Brasileiras mais Competitivas tem o objetivo é solucionar as dificuldades de ferramentarias com baixa produtividade e defasagem tecnológica, capacitando a cadeia de ferramental de produtos automotivos para atingir competitividade em nível mundial.

A partir da aliança entre os principais atores que representam o conhecimento do setor (ferramentarias, montadoras, Instituições de Ciência e Tecnologia – ICTs, startups e entidades representativas), serão habilitadas as competências necessárias para capacitar a cadeia ferramental brasileira.

A proposta é oferecer soluções capazes de integrar a cadeia tecnológica de ferramental, por meio do aumento da produtividade e da competitividade. A Linha IV vem atuando em diversos eixos para alcançar os resultados esperados e promover a transformação necessária, tendo como indicadores a elevação do nível de qualidade e de confiabilidade dos produtos e o aumento do grau de prontidão e de maturidade tecnológica e organizacional, caracterizados pela percepção dos requisitos e restrições impostos pelo avanço da indústria 4.0.

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