Projeto FERA busca o desenvolvimento e a validação de tecnologias de manufatura aditiva metálica para o setor de ferramentarias brasileiras.
A Fundação de Apoio da UFMG (Fundep) esteve presente, nesta quarta-feira (29/06), no FERA – II Simpósio Imersão Materiais para acompanhar o desenvolvimento e os resultados do projeto em andamento no Rota 2030, no âmbito da linha IV coordenada pela fundação: Ferramentarias Brasileiras Mais Competitivas. O encontro aconteceu na sede do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e reuniu empresas e Institutos de Ciência e Tecnologia.
Foram apresentadas todas as frentes do projeto, o status de desenvolvimento de cada uma delas e promovidos dois debates com os parceiros industriais mais ativos. O projeto “FERA – Ferramentas Manufaturadas Aditivamente” destaca-se pelo número de parcerias estratégicas para a execução da proposta: são 4 ICTs e 26 empresas da cadeia automotiva, do fornecedor da matéria-prima às montadoras.
Para o professor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Ronnie Rego, “o encontro foi muito produtivo e surgiram ideias nos debates e nas apresentações que serão implementadas ao projeto, que só foram possíveis de acontecer porque promovemos o encontro coletivo e presencial. O coletivo permite a agregação de várias ideias e competências, e o evento presencial permite que a atmosfera seja mais bem compartilhada, não apenas durante a atividade principal do evento, como nas trocas que acontecem no coffee break e nas conversas paralelas”.
Indústrias apresentam os principais impactos do projeto
O primeiro debate “Percepção atual do Projeto FERA nas empresas participantes” foi mediado pelo professor Ronnie Rego e contou com a presença de representantes de quatro empresas parceiras do projeto: Victor Chia Kuo da Mercedes-Benz; Helson Carpi da Indab, Josué Fernando Gregório de Arruda da Emicol, e Pedro Ricardo Toresin da Star SU.
Compartilhou-se experiências em relação ao contato com a manufatura aditiva antes do projeto, sobre a necessidade de investimentos em equipamentos, e apresentados desafios, como a capacitação de mão de obra e a aquisição e implementação de tecnologias pelas ferramentarias.
De acordo com Josué Arruda, da Emicol, “O projeto FERA do programa Rota 2030 tem proporcionado uma visão diferenciada sobre a autonomia e aplicabilidade do processo de manufatura aditiva de metais e tem instigado sobre a importância do domínio da tecnologia para aplicações em futuros desafios.”
Futuro do setor automotivo e a colaboração entre indústrias e academia
O segundo debate “Como extrapolar os resultados do projeto FERA para o futuro da cadeia de Ferramentarias Brasileiras?” foi mediado por Henrique Rodrigues Oliveira do ISI Laser SENAI e também contou com a presença de quatro representantes de empresas participantes do projeto – Fábio Sant’Ana da Farcco; Marcelo Lima da STIHL; Gilberto Fernandes da Sabó; Octavio Schichi da Höganäs, e também da coordenadora técnica da Linha IV e pesquisadora do IPT, Ana Paola Braga.
Para Octavio Schichi, representante da Höganäs – empresa sueca e líder mundial em soluções de pós metálicos; o FERA é o principal projeto de manufatura aditiva das américas que a empresa participa. Além disso, todos reforçaram que a integração e a colaboração entre as indústrias e ICT’s têm sido significativas para os resultados do projeto e contribuído para identificar quais são as principais demandas da cadeia para estimular o crescimento e a competividade da fabricação nacional.
No período da tarde, os temas foram mais focados em materiais e os participantes também puderam saber mais sobre a metodologia utilizada no desenvolvimento do projeto FERA, os resultados intermediários na frente executada pelo SENAI e ainda realizar uma vista guiada à infraestrutura dos laboratórios do IPT que serão utilizados durante o desenvolvimento do trabalho.
Próximos encontros
O Simpósio faz parte de uma série de encontros semestrais promovidos pelas ICT’s do projeto FERA – o ITA fez o primeiro encontro, e agora foi a vez do IPT. O próximo evento para apresentar mais resultados do projeto já tem data marcada, será entre os dias 21 e 25 de novembro no Fraunhofer IPK em Berlim.