Emicol ressalta expectativas com participação na segunda fase do projeto FERA

Categoria: Linha IV, Programa Mover

O projeto “Ferramentas Manufaturadas Aditivamente – FERA” foi destaque no primeiro ciclo do programa Mover e agora terá a oportunidade de dar continuidade aos trabalhos juntamente com os principais parceiros estratégicos. Entre eles, a empresa Emicol, que se prepara para uma nova etapa do trabalho e será acompanhada de perto pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). 

Liderada pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o projeto teve resultados expressivos, como a elaboração de um método de semiautomatização do reparo de ferramentas; otimização topológica com redução de 30% na massa das ferramentas e ganho de 8% a 20% no tempo de injeção a partir de moldes complexos viabilizados por manufatura aditiva. 

O FERA II, denominado desta forma para a nova fase, contará com a parceria de quatro Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), um grupo de aproximadamente 80 profissionais para explorar e implementar a manufatura aditiva (MA), e 29 empresas.  

Participação da Emicol

A Emicol atua no desenvolvimento, produção e venda de soluções em controles e componentes eletromecânicos e eletrônicos, injeção de plástico e estampados leves para eletrodomésticos, automotivo e outros segmentos. No FERA, a empresa contribuiu com a experiência adquirida junto a clientes como Bosch, SEG e Phinia

O supervisor de Engenharia de Processos de Componentes, Alexandre Madureira, relata que a Emicol já participou de projetos de desenvolvimento de injetados de alta complexidade com a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade de Campinas (Unicamp), Finep/Fitep e Fraunhofer. “Pudemos compartilhar bastante a experiência e aproveitamos todo o material desenvolvido pelo projeto. Inclusive, passamos a considerar novas possibilidades de aplicação da manufatura aditiva no dia a dia do desenvolvimento de novos processos”, diz.

Sobre a continuidade do FERA, Madureira ressalta que “o projeto tem o potencial de elevar a capacidade das ferramentarias brasileiras em nível internacional, num custo acessível a indústria nacional”.

Novos conceitos

O diretor de Inovação do Sindipeças, Maurício Muramoto, ressalta que o FERA traz novos conceitos tecnológicos para a fabricação de ferramentais e pavimenta o caminho para que o Brasil seja mais competitivo nesse segmento de mercado, fundamental para a indústria de transformação. “Sem inovação não há competitividade e sem competitividade não é possível sobreviver em um setor industrial globalizado e em constante transformação como o automotivo.”

Ele destaca o papel do Sindicato de difusor de informações para os associados e, portanto, a necessidade de acompanhar de perto todas as mudanças. “Temos, inclusive, uma área de inovação chamada Inova Sindipeças. O objetivo é mostrar ao associado que inovar não significa necessariamente fazer grandes investimentos, mas melhorar o processo, na medida da possibilidade de cada empresa.” Muramoto também menciona a importância das fontes de financiamento e do trabalho de mostrar quais são elas e como utilizá-las, contribuindo para que novos trabalhos possam ser desenvolvidos.

Novos passos

Ronnie Rego, coordenador-geral do projeto FERA e professor doutor em Engenharia Aeronáutica e Mecânica pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), informa que o trabalho terá continuidade. Há três frentes para ação: aumento da Escala de Maturidade Tecnológica (TRL) dos itens desenvolvidos na primeira fase; explorar aplicações que indiquem a escalabilidade da técnica; e investigar tecnologias de produção do pó metálico.

Para saber mais sobre o FERA II, acesse aqui. 

Parceiros do projeto  

ICTs: ITA, ISI-LASER, UFSC, IPT e Fraunhofer IPK.  

Empresas parceiras: General Motors, Mercedes-Benz, Bosch, Iochpe-Maxion, SABÓ, Companhia Industrial de Peças, Indab, Emicol, Stihl, Star SU, ROMI, Rösler Otec, VAS Tecnologia, Alkimat, Casafer, Farcco Tecnologia, Höganäs, Virtual CAE, Hexagon, Stellantis e Zanini Renk.


Foto em destaque

Legenda: Sede da Emicol em Itu – São Paulo – Brasil
Créditos: Emicol 

SOBRE O PROGRAMA PRIORITÁRIO

Sob a liderança da Fundep, com coordenação técnica do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT), o Programa Prioritário Ferramentarias Brasileiras Mais Competitivas tem como propósito superar os desafios enfrentados por ferramentarias com baixa produtividade e defasagem tecnológica. O foco é capacitar a cadeia de ferramentais de produtos automotivos, visando alcançar competitividade em nível global.

Alinhada ao compromisso de neoindustrialização, centrada na inovação, a frente de atuação concentra suas iniciativas na otimização de prazo, custo e qualidade ao longo das diferentes fases do ciclo de vida de produção de ferramentais. Dessa forma, busca-se capacitar as ferramentarias brasileiras não apenas para atender à demanda nacional na fabricação de veículos, mas também para conquistar uma posição destacada no mercado global.

O Programa Prioritário propõe o desenvolvimento de um ecossistema que promova eficiência coletiva por meio de colaboração entre os diversos atores da cadeia, incluindo ferramentarias, montadoras, sistemistas, universidades e centros tecnológicos, entre outros. Essa abordagem coletiva resulta na diferenciação de produtos, fortalecendo laços cooperativos e proporcionando acesso à difusão de inovações tecnológicas e organizacionais, insumos, soluções específicas, mão-de-obra especializada, e outras iniciativas que buscam manter um equilíbrio saudável entre competição e cooperação.

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