COBEP 2021: XVI Congresso Brasileiro de Eletrônica de Potência

Categoria: Eventos, Linha V

O programa Rota 2030 da Fundep teve presença confirmada no XVI Congresso Brasileiro de Eletrônica de Potência – COBEP 2021. A edição do fórum científico deste ano aconteceu na cidade de João Pessoa, na Paraíba, de 7 a 10 de novembro. 

O objetivo do encontro foi proporcionar a interação entre indústrias e universidades através da apresentação de trabalhos, palestras presenciais e online. A equipe do Rota 2030 aproveitou a oportunidade para dar mais visibilidade ao programa e fomentar parcerias estratégicas para a submissão de projetos que ajudem a melhorar a competitividade do setor automotivo.

O evento foi organizado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), e a Linha V do programa Rota 2030, coordenada pela Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), foi uma das patrocinadoras. Confira a seguir mais detalhes sobre a nossa participação!

Mesa redonda: Eletrônica de potência na mobilidade elétrica

Com o objetivo de discutir o papel da eletrônica de potência no mercado de mobilidade elétrica, tanto para as estruturas de recarga, como também nos veículos automotivos e aéreos, foi realizada uma mesa redonda no dia 08/11, com o tema: “Eletrônica de potência na mobilidade elétrica”.

A coordenadora de programas da Fundep, Ana Eliza Braga, foi a mediadora da mesa, que contou com a participação de Wanderley Marinho, professor do Instituto Mauá de Tecnologia, Martin Brand, gerente do desenvolvimento da WEG, e Carlos Silva, líder do Vertical de Emissão Zero da EMBRAER.

Entre os principais questionamentos levantados pelos três participantes, destaca-se os desafios de infraestrutura de recarga e a autonomia do veículo elétrico para a implantação do sistema de eletrificação nos principais centros urbanos do país:  qual a melhor a alternativa para viabilizar a transição do modelo de propulsão alternativa à combustão?

O futuro dos carros será o hidrogênio?

De acordo com Wanderley Marinho, o hidrogênio é o futuro da mobilidade. O professor do Instituto Mauá de Tecnologia destacou que os carros movidos a células de hidrogênio (fuel cell) são a melhor alternativa para o setor dos carros elétricos, além de serem menos poluentes e mais econômicos.  

Além disso, discutiu sobre o que tem impactado o mercado automotivo, a transição e a penetração dos carros elétricos no país, sobre os sistemas de conversão de energia, veículos autônomos e profissionais do futuro, a importância da diversidade de energia (carro de combustão até o carro a hidrogênio), e ainda fez um breve panorama do ecossistema da mobilidade automotiva (interfaces com usuário, tempo de troca da bateria, mobilidade como serviço e principais conceitos envolvidos), dentre outros pontos importantes para o setor.

Investimento em tecnologia para semicondutores

Martin Brand, gerente do desenvolvimento da WEG, comentou sobre o investimento em tecnologias para semicondutores e ressaltou que metade dos produtos vendidos atualmente foram desenvolvidos nos últimos 5 anos. Em 2020, com o fechamento de fábricas e a desaceleração da produção, muitas montadoras suspenderam as encomendas dos semicondutores utilizados nos veículos, e com isso muitas empresas direcionaram a produção para outros mercados.  Mas agora com a retomada das vendas de veículos, a indústria automobilística aumentou o ritmo de produção e as perspectivas já são mais positivas. 

Por que a eletrificação na aviação?

De acordo com Carlos Silva, líder do Vertical de Emissão Zero da EMBRAER, a empresa vem investindo significativamente nos últimos anos em melhorias de seus produtos. Entre os motivos de investir na eletrificação no setor aéreo, apontou três como os principais: a sustentabilidade ambiental, por meio da redução de ruídos e emissão de gás carbônico; o custo operacional com a diminuição no número de peças e mais simplicidade para a produção do produto; e os novos conceitos aeronáuticos (new markets), de mobilidade urbana e interurbana. Além disso, também ressaltou os benefícios e desafios do hidrogênio para a aviação, e a meta de disrupção das tecnologias de baixo carbono  (low-carbon).

Confira o depoimento de quem já teve projeto aprovado no Rota!

Marcello Mezaroba – professor da Universidade do Estado de Santa Catarina, diretor da empresa Supplier e presidente da Sociedade Brasileira de Eletrônica e Potência;  marcou presença no evento e comentou sobre o seu projeto aprovado no programa Rota 2030: “Sistema de tração elétrica para tratares agrícolas de pequeno porte”. Confira a seguir o que ele disse sobre o assunto!

Como você ficou sabendo sobre o edital do Rota?

“O primeiro contato que tive sobre o assunto foi em 2019 no COBEP realizado em Santos. Fui procurado por um professor que quis conversar comigo por eu ser o proprietário da empresa Supplier, com a intenção de que eu fosse uma empresa parceira do seu projeto e logo depois também comecei a receber notícias sobre o lançamento destes editais por e-mail”.

Qual o objetivo do seu projeto? 

“Este projeto que foi aprovado no Rota 2030 e está rodando em parceria com a Universidade Federal do ABC,  Unicamp e a Hibrema, refere-se a um trator de pequeno porte elétrico que vai ser utilizado na agricultura familiar. O projeto está no início, está sendo feito o dimensionamento do trator, da parte mecânica, sistemas de acionamento e de bateria, e depois será realizado um protótipo para testes em campo. A expectativa é que ao final do projeto a gente chegue ao TRL7 com protótipo operacional e ambiente controlado”.

Qual a importância do aporte financeiro da Fundep para o seu projeto?

“É fundamental. É muito difícil para a indústria nacional fazer o desenvolvimento dessas tecnologias com recursos próprios, pois é um ambiente muito competitivo. Nossa empresa é pequena e não teria condições de fazer grandes aportes de recursos, e as universidades e ICT’s são fundamentais, pois detêm conhecimento científico e tem pessoas capacitadas (bolsistas e pesquisadores) que conseguem, dentro dessa sinergia com a indústria, fazer um desenvolvimento inicial e depois o repasse tecnológico”.

Fique por dentro da Linha V do programa Rota 2030

Para fechar o último dia de evento do COBEP, no dia 10/11,  a analista de parcerias do Rota 2030, Ana Luísa, apresentou mais detalhes sobre a linha V do programa – Biocombustíveis, Segurança Veicular e Propulsão Alternativa à Combustão, no Sponsor Talks. A apresentação foi on-line e os participantes puderam entender melhor como funciona a submissão de projetos, as oportunidades de conexões estratégicas e o aporte financeiro disponível pelo programa para a execução dos trabalhos aprovados. 

Ficou interessado?

Para acompanhar as chamadas públicas e enviar o seu projeto, acesse: Chamadas Públicas – Rota 2030 | Linhas IV e V – Fundep (ufmg.br)

Compartilhe: